quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cirrose hepática

O Fígado

O fígado é o maior órgão do corpo humano e pesa cerca de 1,5 Kg. Localiza-se na porção superior do abdómen, à direita, debaixo das costelas. O fígado normal é liso e mole. Funciona como uma fábrica que produz e armazena produtos químicos.



O fígado tem muitas funções, tais que:

* Produção de proteínas, bílis e factores fundamentais na coagulação do sangue;
* Armazenamento de energia importante para os músculos;
* Regulação de muitas hormonas e vitaminas;
* Eliminação de medicamentos e toxinas incluindo o álcool;
* Mantém a concentração de açúcar no sangue dentro dos valores normais;
* Filtra o sangue proveniente do estômago e intestinos;
* Tem um papel fulcral na defesa do organismo contra as infecções;


Cirrose, o que é?

Cirrose hepática é o termo utilizado quando as células do fígado morrem e são substituidas por tecido fibroso, semelhante a cicatrizes. A estrutura do fígado fica alterada, formando-se os chamados nódulos de regeneração que perturbam a circulação do sangue no mesmo. A substituição do fígado por este tipo de tecido leva à perturbação do desempenho das suas funções: a sua consistência fica muito dura e a superfície irregular e nodular. (ver figura)





Quais são as causas?

A cirrose é causada por múltiplas situações:

*Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas (Causa mais frequente);
*Hepatites provocadas por vírus, as hepatites C e B;
*Excesso de gordura no fígado (a chamada esteato hepatite não-alcoólica, associada principalmente à obesidade e à diabetes);
*Doenças mais raras (cirrose biliar primária, hepatite auto-imune, hemocromatose, etc).


As bebidas alcoólicas causam sempre cirrose?

Não, só uma percentagem de bebedores excessivos vêm a desenvolver cirrose hepática: aproximadamente 10-15%.

Isto depende de vários factores: genéticos, quantidade ingerida (quanto mais elevada a quantidade maior é o risco), sexo (as mulheres, para a mesma quantidade, têm um risco aumentado).

No caso de estar infectado com o vírus da hepatite C, B ou da SIDA o risco é superior.


E as hepatites, causam sempre cirrose?

Só uma determinada percentagem dos infectados, com as hepatites virais, vem a ter cirrose.

A hepatite A nunca provoca cirrose. Dos que contraem hepatite B, 5% ficam com o vírus para sempre, dos quais 20% evoluem para cirrose a médio/longo prazo.

Naqueles com hepatite aguda C cerca de 80% permanecem para sempre com o vírus; destes 80%, 20% vêm a desenvolver cirrose.


Quais os sinais e sintomas?

A maioria dos doentes com cirrose hepática não apresenta sintomas. O aparecimento desta doença é silencioso. Pode desenvolver-se durante muitos anos sem que estes se apercebam.
Em muitos casos o médico suspeita da existência da cirrose através de análises sanguíneas ou dos resultados da ecografia abdominal. Este período sem sintomas é a chamada fase da cirrose hepática compensada.

À medida que a doença progride as alterações da estrutura do fígado tornam-se mais intensas, podendo aparecer os seguintes sintomas: emagrecimento, cansaço, olhos amarelos (icterícia), acumulação de líquido no abdómen (ascite), vómitos com sangue (chamadas hematemeses, muitas vezes provocadas pela rotura de veias do esófago dilatadas, as chamadas varizes esofágicas), alterações mentais (encefalopatia hepática), diminuição da resistência às bactérias com infecções muito graves (septicemias, peritonites).

Uma das complicações mais temíveis da cirrose é o cancro do fígado chamado carcinoma hepatocelular: qualquer pessoa com cirrose tem um risco muito aumentado de lhe surgir este tipo de cancro.
A fase de maior gravidade em que surgem estas complicações chama-se cirrose descompensada.


Qual é o tratamento?

O tratamento depende da causa e da fase da doença. Considerando as três causas mais frequentes (álcool, hepatite C e B), na fase compensada, deve ser abandonado o consumo de álcool; para as hepatites existem medicamentos que em muitos casos conseguem eliminar ou controlar o vírus.

Na cirrose descompensada, o tratamento é variável podendo constar de antibióticos, diuréticos (para eliminar líquidos em excesso), endoscopia com terapêutica para as varizes do esófago e tratamentos para impedir o crescimento do carcinoma hepatocelular.


Como evitar a Cirrose e as suas complicações?

Evitando o excessivo consumo de bebidas alcoólicas e vacinando-se contra a hepatite B.

Quanto à hepatite C, actualmente, os grupos de maior risco são os toxicodependentes e aqueles com relações sexuais de risco (múltiplos parceiros, relações desprotegidas).

Deve promover-se a não partilha de seringas ou outro material utilizado no consumo de drogas, bem como o uso do preservativo.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pneumonia

A Pneumonia na RAM

Mortalidade por Pneumonia é mais elevada na Região

“ Na Madeira, as mortes por pneumonia são 2,8 vezes superiores à média nacional. (…) De acordo com o Relatório de 2007 do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR), recentemente divulgado, de entre as várias patologias analisadas, é a Pneumonia que maior número de mortes causa na Região. Aliás, no documento é sublinhado o facto de as mortes por Pneumonia atingirem na Madeira “um pico 2,8 vezes superior à média. As causas de tal facto justificam futuros estudos”, acrescentam os autores do trabalho. Segundo os dados disponibilizados no documento, na Região morrem, por cada 100 mil habitantes, 89,8 pessoas por Pneumonia. No Centro, a segunda região do país com mais mortes por aquela doença, a taxa é de 41,8. Um número que não chega a ser metade do valor registado na Região. (…).”

FONTE: Secretaria Regional dos Assuntos Sociais (2008)



O que é?

A pneumonia é uma infecção que afecta os pulmões. Pode afectar directamente os alvéolos pulmonares e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, a pneumonia é provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (sobretudo bactérias e vírus, e com menor frequência por fungos e protozoários) no espaço alveolar onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contacto do ar com o sangue. Os microrganismos costumam chegar aos pulmões directamente a partir do exterior, suspensos no ar. Contudo, as pneumonias podem resultar da aspiração de secreções provenientes do aparelho digestivo. Embora existam inúmeros microrganismos presentes no ar, os quais penetram constantemente nas vias respiratórias, estes são neutralizados, em condições normais, pelos mecanismos defensivos. Geralmente, os microrganismos são retidos no muco que reveste as vias respiratórias, sendo posteriormente arrastados pelos movimentos dos cílios em direcção à faringe, podendo igualmente ser detectados e eliminados pelas células defensivas ali presentes. De qualquer forma, quando por alguma razão estes mecanismos defensivos se encontram debilitados ou quando os microrganismos são particularmente agressivos, a possibilidade de desenvolvimento de pneumonia aumenta. Diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.



Tipos de pneumonia

As pneumonias manifestam-se, morfologicamente, por um dos três padrões, radiograficamente identificáveis:

Pneumonia lobar Na pneumonia lobar o agente etiológico chega aos alvéolos, provocando congestão vascular e edema alveolar (edema – infiltração de serosidade nos tecidos, produzindo inchação). É a mais frequente e tende a afectar todo o lobo pulmonar (os pulmões subdividem-se em lobos, três no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo). Costuma ser de origem bacteriana e os microrganismos que causam mais frequentemente esta patologia são: S. pneumoniae, K. pneumoniae e Legionella pneumophilia.

Broncopneumonia Na broncopneumonia a lesão inicia-se nos brônquios e bronquíolos para originar vários focos em vários segmentos de um ou ambos os pulmões, sucessivamente. Os microrganismos que com maior frequência provocam este tipo de pneumonia são: Staphylococcus aureus, H. Influenza, P. aerurginosa, L. pneumophilia, E. coli e anaeróbios.

Pneumonia intersticial Na pneumonia intersticial há essencialmente uma inflamação dos septos alveolares (septo – membrana comum a dois alvéolos). Os agentes infecciosos responsáveis podem ser vírus, como o da gripe e micróbios que apenas encontram condições favoráveis para a sua proliferação quando há uma diminuição das defesas orgânicas, como a bactéria Mycoplasma pneumoniae, o protozoário Pneumocystis carínii e a bactéria Legionella pneumophila.

Sintomas



Sinais


As manifestações clínicas são variáveis e pouco específicas. Podem estar presentes todos ou só alguns destes sintomas e sinais variando consoante as características do doente e do agente causador da doença.

Factores de risco

Existe um conjunto de factores que aumentam o risco de aparecimento de pneumonia, de morte ou de complicações no curso da doença:
• Idade > 65 anos;
• Presença de co-morbilidades, nomeadamente DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), SIDA, neoplasia, diabetes mellitus, insuficiência renal crónica, insuficiência cardíaca, doença hepática crónica, alcoolismo, etc;
• Internamentos de longa data;
• Tabagismo, uma vez que o tabaco danifica gravemente os pulmões debilitando os seus mecanismos defensivos. O fumo provoca uma reacção inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;
• Constipações mal curadas;
• Mudanças bruscas de temperatura.

Diagnóstico

O médico consegue chegar ao diagnóstico ao realizar o exame físico ao doente e com base nos sinais e sintomas que este apresenta. O diagnóstico deve ser complementado com uma radiografia do tórax postero-anterior e de perfil. O médico pode também pedir a colheita de expectoração para análise, onde verifica o agente causador da infecção e o antibiótico mais eficaz.

Onde tratar a pneumonia?

Distinguir quais os doentes que podem ser tratados em casa com segurança e quais aqueles que devem ser internados no hospital:

Domicílio: Pneumonias de pouca gravidade. Pneumonias sem co-morbilidades (doenças em paralelo) importantes. Doentes que ofereçam garantias de vigilância e de cumprimento da terapêutica.

Internamento hospitalar: Pneumonias graves. Pneumonias com co-morbilidades importantes. Doentes com factores sociais que predisponham ao não cumprimento das recomendações e da terapêutica (ex: doentes que vivam na rua).

De seguida, apresenta-se um vídeo sobre a pneumonia. Apesar de este estar em inglês tivemos o cuidado de fazer a sua tradução. Se desejar pode acompanhar a visualização do vídeo com a respectiva tradução, a qual se encontra por baixo do mesmo.



Tradução:

How pneumonia occurs (como a pneumonia ocorre)

“ Esta animação foi criada pela Bupa e apenas tem como objectivo informar. Esta animação não substitui, de modo algum, a necessidade de consultar um médico caso algum dos sintomas ocorra.”

Esta animação vai mostrar como a pneumonia afecta os pulmões e como os medicamentos funcionam.(…) Os brônquios (bronchi) são tubos largos que se encontram nos pulmões. Quando respiramos, o ar passa pela traqueia e pelos brônquios até aos pulmões. Os brônquios ramificam-se em tubos mais estreitos denominados bronquíolos (bronchioles). Estes tubos estão ligados a estruturas de pequenas dimensões denominadas alvéolos pulmonares (alveoli). Em pulmões saudáveis, os brônquios e os alvéolos pulmonares expandem e relaxam permitindo que o oxigénio seja transportado até à corrente sanguínea. A pneumonia é uma infecção do tecido pulmonar que faz com que os alvéolos pulmonares e outras pequenas passagens de ar nos pulmões fiquem inflamadas e cheias de fluido. A inflamação e o fluido dificultam a respiração e portanto, quem tem pneumonia, respira mais depressa ou sente falta de ar. Medicamentos como, por exemplo, antibióticos são dados para tratar a infecção. Estes têm como objectivo reduzir a inflamação e a quantidade de fluido nos pulmões para que a pessoa possa respirar normalmente novamente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O que é?

Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando uma parte do cérebro deixa de ser irrigada pelo sangue.Isto sucede sempre que um coágulo se forma num vaso sanguíneo cerebral ou é transportado para o cérebro depois de se ter formado noutra parte do corpo, interrompendo o fornecimento de sangue a uma região do cérebro. Pode, também, resultar da ruptura de uma artéria cerebral e, neste caso, o sangue que dela extravasa vai destruir o tecido cerebral circundante. Em qualquer dos casos, o tecido cerebral é destruído e o seu funcionamento afectado.



Tipos de AVC

• O primeiro tipo, e o mais comum deles, é devido à falta de irrigação sanguínea num determinado território cerebral, causando a morte do tecido cerebral – é o AVC isquémico.
• AIT ou ataque isquémico transitório – clinicamente, corresponde a uma isquémia passageira que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequelas. É um episódio súbito de défice sanguíneo numa região do cérebro com manifestações neurológicas, que se recuperam em minutos ou até 24 horas. Constitui um factor de risco muito importante, visto que uma elevada percentagem dos pacientes com AIT apresenta um AVC nos dias subsequentes.
• O AVC hemorrágico é menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intra-craniano, levando à formação de um coágulo que afecta determinada função cerebral.

Sinais e sintomas

- Sinais que precedem um derrame
• Cefaleia intensa e súbita sem causa aparente;
• Dormência nos braços e nas pernas;
• Dificuldade em falar e perda de equilíbrio;
• Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna do lado esquerdo ou direito do corpo;
• Alteração súbita da sensibilidade, com sensação de formigueiro na face, braço ou perna de um lado do corpo;
• Perda súbita de visão num olho ou nos dois;
• Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar palavras ou para compreender a linguagem;
• Instabilidade, vertigem súbita e intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vómitos.



- Como identificar um acidente vascular cerebral

• Pedir, em primeiro lugar, para que a pessoa sorria. Se ela mover a sua face só para um dos lados, pode estar a ter um AVC;
• Pedir para que levante os braços. Caso haja dificuldades para levantar um deles ou, após levantar os dois, um deles caia, procurar socorro médico;
• Dê uma ordem ou peça para que a pessoa repita alguma frase. Se ela não responder ao pedido, pode estar a sofrer um derrame cerebral.

De seguida, apresentam-se os procedimentos que se deve seguir para ajudar uma pessoa que acabou de sofrer um AVC.


(Clique na imagem para visualizar em tamanho grande)


Factores de Risco

Existem diversos factores considerados de risco para a ocorrência de um AVC, sendo o principal a hipertensão arterial sistémica não controlada, seguindo-se a diabetes mellitus, doenças reumatológicas, trombose, uma arritmia cardíaca, estenose da válvula mitral, entre outras.
Hipertensão arterial: A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar à ruptura de um vaso sanguíneo;
Doença cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, pode determinar um AVC.
• Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, estando presente nas gorduras animais e sendo produzido principalmente no fígado e adquirido através de uma dieta rica em gorduras;
Tabagismo: O hábito é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que já têm outros factores de risco. O fumo acelera o processo de aterosclerose, diminui a oxigenação do sangue e aumenta o risco de hipertensão arterial;
Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de colesterol elevam-se; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
Diabetes: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado.
Idade: quanto mais idosa for a pessoa, maior a probabilidade de ter um AVC, não obstante o facto de uma pessoa jovem poder sofrer um AVC;
Sexo: até aproximadamente 50 anos de idade os homens têm maior propensão do que as mulheres; após essa idade, o risco praticamente iguala-se.
Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indirectamente, aumenta o risco de AVC;

Evolução

Na parte da evolução temos 3 tipos de AVC: os que não deixam nenhuma sequela, nem mesmo no dia em que ocorrem; os que não deixam sequelas, mas duram mais de um dia e os que deixam sequelas. Quanto a este último, quando associado a défices motores, o doente necessita de fisioterapia e terapias ocupacionais, para potencializar e fortalecer os músculos e, assim, diminuir as deficiências que podem ter sido causadas.
De qualquer forma, o AVC é uma doença que merece especial atenção pela dependência e alteração do estilo de vida que pode causar. Por isso, a melhor maneira de combater esta patologia é prevení-la, controlando todos os factores de risco anteriormente referidos.

Tratamento

O AVC é uma emergência médica e possui tratamento se o paciente for rapidamente encaminhado para um hospital adequado. O tratamento do AVC isquémico já utilizado em todo o mundo, há pelo menos 10 anos, é realizado com medicamentos trombolíticos, que possuem a propriedade de dissolver o coágulo sanguíneo que está a entupir a artéria cerebral, causando isquémia.
Actualmente, o único trombolítico aprovado para ser utilizado na fase aguda do AVC isquémico é o rTPA (alteplase). Este medicamento pode ser administrado por via endovenosa nas primeiras 4 a 5 horas após o início dos sintomas.
Após essa fase inicial de instalação, a trombólise pode deixar de ser eficiente, podendo, inclusive, ser perigosa, já que pode causar uma reperfusão de um tecido necrótico, transformando o AVC isquémico num acidente hemorrágico, o que pode originar sequelas mais graves, ou mesmo a morte.

Reabilitação

O processo de reabilitação pode ser longo, dependendo das características do próprio AVC, da região afectada, da rapidez de actuação para minimizar os riscos e do apoio que o doente tiver.

Exercícios que ajudam a ultrapassar as sequelas de um AVC

- Mãos e Braços
A movimentação dos braços e ombros deve ser cuidadosa e gradual. Não se pode pretender que o doente execute o movimento completo à primeira tentativa, mas é importante repetir o exercício várias vezes até o conseguir, ainda que isso cause alguma dor e fadiga. A imobilidade das articulações seria ainda mais dolorosa.



- Ancas
Deitado de costas, o doente deverá, primeiramente, dobrar os joelhos (se necessário, com a ajuda de outra pessoa) e pressionar os pés contra o colchão. Em seguida, conservando os joelhos unidos, deverá levantar as ancas.



Como prevenir?

Como todas as doenças vasculares, a melhor forma de combater um AVC é prevenindo esta patologia, identificando e tratando os factores de risco.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Diabetes



O que é a diabetes?

É uma doença crónica em que o açúcar no sangue (glicemia) sobe para valores acima dos normais.
A insulina é a hormona que ajuda o açúcar a ser utilizado pelo organismo como fonte de energia. A diabetes aparece quando, por falta de insulina ou por resistência à sua acção, o organismo não consegue utilizar o açúcar que nos chega através da digestão dos alimentos. Se o açúcar não é utilizado acumula-se no sangue ultrapassando os valores normais.

A Diabetes tem cura?

Não. Mas pode ser controlada o que permite ter uma vida activa, saudável e autónoma.

Que tipos de Diabetes existem?

Existem dois tipos principais de Diabetes:

- Diabetes tipo 1: quando o organismo não produz insulina. Este tipo de diabetes aparece normalmente antes dos 30 anos e exige tratamento com insulina, para além de uma alimentação adequada e de exercício físico. Ocasionalmente a diabetes tipo 1 pode aparecer depois dos 30 anos.
- Diabetes tipo 2: quando o organismo ainda produz insulina mas a quantidade não é suficiente ou a insulina produzida não é eficaz. Aparece normalmente depois dos 30-40 anos. A diabetes tipo 2 pode ser controlada com uma alimentação adequada, com exercício físico regular e, se necessário, com medicamentos.

Como sei se tenho diabetes?

Suspeite de diabetes se tiver, pelo menos, um dos seguintes sinais e sintomas:
-Muita sede e secura na boca;
-Necessidade frequente de urinar;
-Muita fome;
-Cansaço;
-Perda rápida de peso;
-Feridas que custam a curar;
-Perda progressiva de visão;
-Infecções frequentes (ex: urinárias, vaginais).

Nem todas as pessoas apresentam estes sinais e sintomas. Pode ter diabetes e não sentir nada.

Em caso de dúvida, o melhor é medir a glicemia para saber como estão os valores. Informe-se com o seu farmacêutico. Consulte o seu médico.

Quem está em risco de ter diabetes?

-Pessoas com mais de 45 anos;
-Quem tem familiares com diabetes(sobretudo pais, avós e irmãos);
-Pessoas com excesso de peso;
-Quem tem pouca ou nenhuma actividade física;
-Mulheres que já tiveram diabetes numa gravidez ou filhos com 4 Kg, ou mais, à nascença;
-Pessoas com pressão arterial elevada;
-Quem tem níveis elevados de gordura no sangue.

Embora a diabetes possa aparecer em qualquer pessoa.

Quais as complicações da diabetes?

A diabetes não controlada pode originar complicações crónicas características:
-Cegueira;
-Doença renal;
-Doença cardíaca;
-Problemas circulatórios (ex: trombose);
-Diminuição da sensibilidade (ex: pés).

Estas complicações podem ser prevenidas ou atrasadas, se controlar bem a diabetes.

Quais os valores da glicemia recomendados?

Jejum - menos que 110 mg/dL
1 a 2 horas após as refeições - menos que 145 mg/dL

Como posso controlar a diabetes e prevenir as complicações?

Para conseguir controlar a diabetes, mantenha a glicemia dentro dos valores recomendados. É ainda importante controlar o peso, pressão arterial, colestrol e triglicerídeos.

1.Tenha uma alimentação saudável
-Coma, pelo menos, 6 vezes por dia;
-Coma legumes e hortaliças a todas as refeições;
-Inicie as refeições com sopa de legumes;
-Retire a gordura visível da carne e a pele das aves;
-Pode usar manteiga no pão em pouca quantidade;
-Evite comer salgados, conservas, enchidos e fumados;
-Coma todos os cozinhados mas prefira os cozidos, grelhados e estufados;
-Evite os alimentos pré-confeccionados (ex: pizza) e os que referem ser para diabéticos;
-Beba, pelo menos, 1.5L de água por dia;
-Evite o açúcar, o mel, os refrigentes e os alimentos açucarados;
-Evite as bebidas alcoólicas.

2. Faça exercício físico regularmente

Ande a pé todos os dias durante, pelo menos, 30 minutos seguidos ou faça outro exercício físico, de acordo com as suas possibilidades e preferências.

3. Tome sempre os medicamentos para a diabetes conforme as indicações do seu médico.

4. Vigie regularmente o peso, a glicemia, a pressão arterial, o colestrol e os triglicerídeos.

5. Não fume.


De seguida, é possível visualizar um vídeo sobre a diabetes. Desde já pedimos desculpa pelo facto de estar em brasileiro. No entanto, é muito apelativo e esclarecedor. Apreciem!!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Publicidade do Blog

Vídeo com o intuito de dar a conhecer o nosso blog

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Principais Causas de Morte na RAMadeira 2005


Acima, são apresentadas as doenças que maior número de mortes provocam na RAM, referentes ao ano de 2005.



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

No dia 22 de Setembro de 2009, um grupo de 5 alunas uniu-se com o objectivo de desvendar o estado de saúde da população madeirense. Essa aventura revelou-se uma missão quase impossível, até que a chave dos nossos problemas surgiu, abrindo o "cofre" e elucidando-nos acerca do mistério. Desde já agradecemos a disponibilidade do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, que nos forneceu os dados por nós requeridos.
Assim se iniciou o árduo trabalho de pesquisa das patologias mais mortais do arquipélago da Madeira, com o objectivo de informar, esclarecer e consciencializar a população, melhorando a sua qualidade de vida.
Para finalizar, referimos que iremos publicar informação, acompanhada de vídeos e imagens acerca das diferentes doenças, designadamente: Acidente Vascular Cerebral, Cancro do estômago, Pneumonia, Cirrose, Diabetes Mellitus e Tuberculose.

O grupo,
Ana Cristina Rodrigues, Ana Isabel Rodrigues, Cristina Marisa Gouveia, Jéssica Martins, Luyi Jin.